Como instituição civil de tipo espiritual e cultural temos, obviamente, um corpo de ensinamentos e práticas que ao longo dos anos foram sendo experimentados por nossos fundadores e também convalidados pelos associados mais antigos. Eles não têm, no entanto, força dogmática, como teriam se fossemos uma “religião”. Preferimos a ousadia da liberdade, ainda que com seus riscos, e um olhar mais universalista, ou integral como ensina o filósofo Ken Wilber.

Em nosso meio é bem comum nos considerarmos uma “família” ou ainda uma “escola”. Também temos usado ao longo dos anos algumas expressões para se referir ao que fazemos, tais como: “espiritualidade com alegria” ou “o caminho se faz caminhando”. Importante salientar que não temos afinidade com o ecletismo ou com a salada, indigesta, do movimento new age. Ainda que compartilhemos de uma visão universalista do mundo, da criação e de Deus, o fazemos com um forte peso de austeridade moral e de uma vigorosa observação da realidade. Mantemos o foco em uma práxis que possa efetivamente promover mudanças profundas na personalidade humana e na consciência divina que nos anima.

Entre as distintas atividades que realizamos destacamos os encontros frequentes que realizamos em cada núcleo, normalmente chamados de “Rituais”, onde através da comunhão da Ayahuasca, da meditação, da audição de músicas e de mensagens, buscamos adentrar em um processo intenso de introspecção, com o propósito máximo de exame de consciência, higienização moral e inspiração devocional. Entre os rituais existentes temos alguns estilos, onde o que muda é basicamente a inspiração musical utilizada ou os temas de estudo, mantendo sempre o foco na jornada de expansão da consciência.

Em datas específicas temos também eventos especiais, como: “Vivências”, que é um encontro de 3 dias em locais externos, alugados para este fim; “Retiros”, normalmente realizados em nossa sede geral, com temas de estudos e práticas específicos; “Preparo”, que é um encontro para o feitio da Ayahuasca, onde através do trabalho voluntário de todos realizamos a alquimia mágica de transformar as plantas sagradas “Mariri” e “Chacrona” no chá misterioso; “Festejo da Família”, nosso tradicional encontro de final de ano com inúmeras atividades e aprendizados; entre outros.

Entre os ensinamentos que vivenciamos destacamos alguns de maior importância: o “Cristianismo”, como base teísta, moral e devocional; o “Budismo”, e outros ensinamentos orientais como valor de ciência da mente e suas práticas de visão pura, meditação, yoga, compaixão etc.; a “Chama Violeta” e o poder da palavra falada, ensinamentos dos Mestres da Fraternidade Branca para a transformação do mundo; o “Xamanismo”, como prática de conexão com a natureza, sem firulas e sem “brincar de índio”, apenas um olhar carinhoso para os saberes de nossos ancestrais; a “Filosofia”, em especial aquela pura e focada em amar a sabedoria e apreender a realidade; a “Filocalia”, como amor ao bem e ao belo e a prática da contemplação; entre outras.

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